A verdadeira honra é inerente à condição humana. Porém, é um sentimento que apesar de real, é deixado de lado a maior parte do tempo pela fraqueza desta mesma condição.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Ditadura Materna
Antes que comecem a atira pedras, quero deixar claro que não tenho nenhum interesse em desqualificar mães pelo mundo a fora, muito antes pelo contrario! Fui criado por mãe, avó e , minha tia Rute e se hoje sou o que sou, devo a todas as mulheres que participaram da minha educação.
Porém, agora que estou prestes a me tornar pai, tenho visto um quadro muito desconcertante: Não existe espaço para nós no universo perfeito que é ser mãe...
Sim, pelo menos é o que dizem todos os blogs, livros, textos e até mesmo alguns médicos que eu tenho encontrado nessa minha jornada pré-pai.
É muito claro e explicito na avassaladora maioria das bibliografias pre-natal que o pai é uma figura secundaria. Que a relação entre mãe e filho(a) é unica especial e inigualável, mas pais? Ah, sim! Eles estavam lá na hora da concepção e são obrigados a arcar com todo o trabalho na rotina do bebe junto, mas fora isso mal e mal são dignos de uma nota de rodapé em alguma página obscura.
E aí de você se reclamar!
Se alguém levanta o dedo pra dizer que a 'relação pai também é importante', vem logo uma mãe reclamar e jogar na sua cara que você não teve que carregar a criança por nove meses na sua barriga, ou que você não tem que amamentar a cria de duas em duas horas...
Mas a verdade é que a gente faz isso tudo sim!
Passei dez anos da minha vida me preocupando diariamente com a minha parceira. Cuidando dela quando estava doente, amparando-a quando precisava de conselhos ou apenas de um ombro amigo. Então porque isso mudaria durante a gravidez?
Pra mim, é extremamente ofensivo quando alguma mãe solta uma piadinha desse tipo. Porque pode até não ser no meu corpo, mas é em um corpo que eu cuido muito mais do que cuido do meu próprio. E se eu já fazia isso antes, agora que são duas vidinhas eu cuido em dobro!
Nem toda biografia é perdida. Alguns textos de profissionais reforçam a importância da presença paterna na rotina da família. Do quão é importante que a mãe - mesmo que perdidamente apaixonada pela cria - não deixe o pai de fora.
Veja bem, não estou dizendo pra mãe dar atenção para o pai! Não é isso! Mas sim deixar o pai participar dessa relação e mais, ter a sua relação também sem diminui-la como se fosse algo inferior ao que você sente!
Nos vivemos em novos tempos, certos?
Mulheres conseguiram sua emancipação, queimaram seus sutiãs e hoje conseguiram mudar as duras penas a sociedade machista que vivíamos ha apenas algumas décadas.
Pois bem, está na hora também de deixarem os pais serem pais. respeitar o amor que o pais tem por seu filhos, deixar que eles também tenham sua relação única com seus filhos sem diminuir esse sentimento como se ele fosse menor que o seu.
Menosprezar os sentimentos dos pais só vai ajudar a afasta-los e reforçar o circulo vicioso que acontecia antigamente nas famílias.
Quem nunca ouviu histórias de mães reclamando que 'o pai não ajuda', que 'só trabalha', 'só fica na frente da televisão'... Mas, antes de começar a reclamar, reflita; Você alguma vez deixou ele participar?
Mães! Convidem os pais para viver esse amor incondicional JUNTO com vocês! Tirem o "Minha" da frase e mude para "NOSSA relação com NOSSO filho". Afinal, se o pai veio até aqui com você e está disposto a criar a criança ao seu lado, algum mérito ele deve ter.
Por que deixa-lo de fora agora que você mais precisa dele?
Fica a dica! =)
p.s.: Só pra deixar claro que NADA desse texto tem a ver com a minha Emanuelle Rech. Ela concorda comigo em gênero número e grau.
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Amei!
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