sexta-feira, 13 de maio de 2011

Até Tu Brutus?

Ontem eu me vi envolvido em uma situação extremamente chata. Graças a Thor eu fui apenas um mero espectador da situação sem maior participação, mas a coisa toda me colocou pra pensar sobre o assunto.
Porque as pessoas traem?

E eu não estou falando só dessas coisas de marido que trai mulher e vice-e-versa, estou falando de uma maneira geral; de amigos que traem confiança de amigos, alunos que traem seus professores em troca de recompensas menores jogando fora anos de cumplicidade e comprometimento mutuo.
 
O que leva uma pessoa a agir dessa maneira?
 
Quem me conhece de perto sabe que eu tenho uma opinião formada sobre o ser humano, mas no caso que envolve o assunto desse post, tal atitude me parece ilógica até mesmo para a nossa natureza individualista e egoísta.
 
No final das contas tudo se resolve em uma simples palavra: Respeito. Ou - no caso - a falta dele.
 
Se a pensarmos friamente, é fácil encontrar motivos que explicam a traição. Mas na real? Nenhum deles justifica. Nada justifica você sacanear alguém que vocês gosta e gosta de você em troca!
 
Como todo relacionamento, seja romântico, amizade, profissional, ou qualquer outro tipo, todos devem ser supostamente valorizado por nós, certo? E depois que você sustenta uma relação de anos, as pessoas deviam pensar antes de tomar atitudes levadas pela emoção. Pesar bem na balança os prós e contras da situação e estar disposto a relevar antes de apunhalar o parceiro.
 
Além disso, antes de chegarmos ao ponto de cogitar uma traição, é preciso também trabalhar na constante manutenção destes relacionamentos para evitar grandes bolas de neves - se é que vocês me entendem.
E como fazer isso?

Bem, ao meu ver, o grande segredo da perpetuação de todo relacionamento é o diálogo.
 
O diálogo evita más interpretações e expões fatos reais de cada uma das partes que deve ser sabido mutuamente. Sem diálogo, logo os desentendimentos começam a aparecer, pequenos problemas se tornam gigantescas atitudes inaceitáveis e, em momentos de fraqueza, é fácil ver o suposto 'injustiçado' apunhalando pelas costas aquele que ele ama e depois ainda tenta justificar um erro com outro.
 
Sério. Se você está se sentindo injustiçado por uma pessoa que você gosta e/ou respeita chame-o pra conversar! Não fique 'engolindo sapos' que podem acarretar em sérias dificuldades no futuro. Do outro lado, se alguem que você ama e/ou respeita, diz que precisa conversar com você, pare o que está fazendo e escute. Preste atenção, entenda e se coloque no lugar da pessoa. Use também seus argumentos que justificar suas ações anteriores. Talvez você esteja certo afinal e se você se explicar, a pessoa vai também por sua vez entender seus atos à partir de seu ponto de vista.
 
E se você estiver errado, seja adulto o bastante e peça desculpas. Reconheça seu erro e trabalhe para melhorar, trabalhe para que este não se repita.
 
Veja bem, eu não estou falando nada demais aqui! Não estou dizendo pra você amar o próximo e deixar de lado seu orgulho e interesse pra atender a necessidade de um desconhecido. Estou falando de alguém que você gosta! Ceder um pouco e procurar um equilíbrio entre dois pontos de vistas não pode ser assim tão difícil! Lembre-se, você conhece essa pessoa há anos, vocês tem tanto em comum, tantas histórias juntos!
 
E depois disso tudo, se as coisas não melhorarem, continue sendo adulto e saia de cabeça erguida. Deixe claro que você tentou e que está partindo para outra por uma divergência de interesses e não traia a confiança da pessoa! Não saia por aí falando mal dela ou jogando outras pessoas contra ela. Entenda que se a coisa chegou ao fim, chegou por causa de uma diferença e não porque a pessoa não presta porque não concorda com você!
 
No final das contas, amor, tesão, carinho, interesses... tudo isso é passível de mudança. Mas mesmo que você não tenha mais pelo outro nenhum destes sentimentos, guarde pelo menos o respeito.
 
Porque respeito é pra sempre.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

For You

"Saturday before the sun is up
I'm out the door and on my way I
Catch the two and then the thirty-five
And by six-fifteen I'm on the train"

"Thirty miles till the final stop
And still I have to walk a few more
By the time I finally reach your garden's gate
I have nineteen steps till I'm at your door"

"And oh what a Thrill
To finally be with you
And when I see your face I know that"

"There ain't nothing strong enough to keep me away from you
There could be a wall of fire ten feet or higher
I would just walk on for you
Where there once was only room for one
Forever there will be two"


"That's why I travel all this way for you
To you
For you"

"Sunday night and I'm at home alone
And I miss the smell of your perfume
Five longs days and four more hours
Till I am there again with you"


"And oh what a Thrill
To finally be with you
And when I see your face"

"I know that"

"There ain't nothing strong enough to keep me away from you
There could be a wall of fire ten feet or higher
And I would walk on through
Where there once was only room for one
Forever there will be two"

"That's why I travel all this way for you"

"Seconds make minutes
Make hours make days
I've added it all up a million ways
Multiply that times a fact that when I'm with you
I feel brand new"


"That's why I drive all this way to you"

"There ain't nothing strong enough to keep me away from you
There could be a wall of fire ten feet or higher
I would just on for you
Where there once was only room for one
Forever there will be two"

"That's why I travel this way
Just to see your pretty face
Each and every Saturday for you"

"For you"

"To you"

- For You, David Ryan Harris
Grooveshark: http://tinysong.com/h1qF  

quinta-feira, 31 de março de 2011

"Eu estou pronto!"


Eu pensei em centenas de maneiras diferentes de começar esse post.

O quê dizer sobre José Rech?

Se ele tivesse contribuído pro mundo com apenas a Fabiana, a Fabíola e a Emanuelle - suas três filhas -  já seria mais do que suficiente visto que elas são três muralhas que não se curvam diante de nenhuma dificuldade e estão sempre dispostas a melhorar não só elas próprias, mas também as pessoas à sua volta.

Mas é lógico que ele não se limitou a isso...

José Rech foi muito mais. Trilhou caminhos diferentes em sua longa vida, lutou pelo que achava certo, pagou um preço por isso e mesmo assim não mudou suas crenças, fez diversas escolhas, mudou diversas vidas, aprendeu, ensinou, caiu e levantou...

Tantas vezes que eu até me sinto envergonhado diante de sua sombra, mesmo com todo o meu constante esforço em acertar...

Durante os poucos meses que eu tive de convivência próxima com ele, sem dificuldade nenhuma ele vestiu o manto paterno que a falta tanto me assombra.

É engraçado pensar que um sogro possa ser assim tão próximo... Todas as minhas experiências passadas eu ví a imagem do 'pai de minha namorada' como uma figura antagônica. Alguém que devia ser temido e respeitado só porque eu queria estar com sua filha.

Mas o Rech não fez isso... Não comigo. Ele mostrou que sogro e genro podem sim ser amigos...

Muito mais que amigos...

Eu não estou aqui pra dizer que ele também não cometeu erros. Quem de nós não os fez? É apenas mais um dos problemas crônicos do ser humano. Mas eu acredito que se existe alguém que não conseguiu perdoar os erros do velho Rech, foi ninguém mais do que ele próprio.

E mesmo assim, ele se fez exemplo. Deixou claro o que devia ser imitado e o que deveria ser evitado de suas ações. Quantas vezes conversamos na cozinha de sua casa, sobre tantos assuntos, sorrisos e tristezas, orgulhos e arrependimentos...

E agora, no final de tudo, ele ainda deixou uma última lição...

Uma lição de tranquilidade. Uma lição de que devemos não ter medo do inevitável, mas sim encará-lo de frente. Com o peito e a cabeça erguida, com um sorriso nos lábios e amor pelos nossos no coração.

Olhar nos olhos do destino, nos olhos do inevitável e simplesmente dizer,

"Eu estou pronto!"

E assim ele foi. Deixando um vazio que vai ser difícil de ser preenchido. Mas também deixando sua marca em cada um de nós. E enquanto lembrarmos dele, um pedacinho do velho Rech vai estar conosco...

De fato, eu me sinto mais próximo dele agora do que nunca.

Obrigado Rech,

Por ter me aceitado no seio de sua família e me conceder a honra de fazer parte dela. Essa é uma dívida que eu pretendo pagar todos os dias da minha vida.

E mesmo assim, eu ainda vou ficar devendo...

Descanse em paz meu sogro, meu amigo...

Meu pai...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Quadrinhos da Semana - 03-24

Então pessoas,
Decidi começar minha primeira coluna por aqui. Toda semana eu faço minha compra de quadrinhos regulares na Millenium Comics em Montreal e acho que vale a pena falar um pouco dos lançamentos. Não sei se vou dar conta de fazer isso toda semana sem falta, mas sempre que for possível ou que tenha algum lançamento pertinente eu vou tentar manter vocês - meus não mais que 6 leitores - por dentro do que tá acontecendo no universo dos quadrinhos pelo meu ponto de vista.


Invencible #78
Não é de hoje que eu sou fã do Invencible. Definitivamente é uma das melhores séries de super herói que tem hoje no mercado. A série acaba de passar por um clímax com a 'VILTRUMITE WAR' de maneira inesperada sem uma vitória clara para nenhum dos dois lados. Essa edição funcionou meio que como um epílogo, abre alguns plots novos e deixa claro uma grande ameaça para o herói no final.


Neonomicon #4
Conclusão da incursão de Alan Moore no universo insano de HP Lovecraft. A série como um todo é bem chocante e o final surpreende e ainda deixa no ar uma curiosidade sobre o que há por vir. Sério, não é uma história para estômagos fracos, mas vale a pena. É um encontro de dois grandes mestres e, se você é um fã de terror passa a ser uma leitura obrigatória.


The Sixth Gun #10
Essa é uma série que eu comecei meio sem saber o que esperar, mas no final me surpreendeu muito. Se passa no velho oeste e o primeiro arco (do #1 ao #6) é emocionante além disso, a história das armas e de seu motivo pra existir é bem interessante. O segundo arco está indo bem, mais voltado para a ameaça contra os personagens principais que estão sendo caçado por tudo e todos, desde padres até monstros voodoos. Recomendo muito!


Dracula - The Company of Monsters #8
Outra história que me surpreendeu. Executivos e Vampiros! Combo de vilãnia! Vampiros estão na moda, mas essa história não tem nada de carinhas bonitas e romances infantis. De fato, ela é exatamente o oposto em que o personagem principal se ver cercado por todos os lados sem ter ninguém que possa confiar. É difícil imaginar o desfecho da história. Vamos ver se os roteiristas aproveitam bem essa chance!


Mass Effect - Evolution #3
Essa história é baseada no vídeo game que tem feito um grande sucesso. Não é exatamente algo que eu curta muito mas a história é legal. Provavelmente pra galera que joga, o quadrinho deve ser mais legal do que pra mim que não joguei. A série antes dessa - 'Redemption' - eu curti bastante porque inclui o personagem principal do jogo e eu fiquei inclusive interessado em jogar o ME2 por causa dela. Se você é fã de ficção, vale a pena.


Red Sonja - Deluge & Queen Sonja #15
Bem, eu sou um velho fã da 'She-Devil' e é lógico que as revistas dela sempre estão inclusas nas minhas compras. No geral, o material é bem variável, alguns são muito bons, outros nem tanto. Mas como a ruiva vende bem o mercado anda cheio de títulos regulares e anuais.
A série 'Queen' é razoável. O primeiro arco eu achei meio confuso, mas no final ficou um pouco melhor. Agora, a revista está concluindo o segundo arco que conta um pouco da infância da heroína depois que sua família foi assassinada e ela atacada. Mostra também onde começaram as diferenças dela com Kulan Gath o feiticeiro.
Já 'Deluge' contém duas histórias, uma inédita e uma re-impressão. A primeira ela vai parar no oriente e se envolve com alguns profanadores de templos. Interessante...


Thor #260.1
Faz muito tempo eu abandonei as séries regulares da Marvel por causa dessas infinitas sagas que você é obrigado a comprar todas as revistas da editora para entender o que está acontecendo. Ainda assim eu continuei com a 'Thor' mesmo que algumas coisas fiquem incompletas. No geral, a arte é muito boa e a história - Quando segue a sequência - são bem legais também. Essa edição em especial tem uma história completa que é legalzinha.


Silver Surfer #2
Sempre fui fã do Surfista e acabei cedendo pra essa nova série. A arte é interessante e a história tem despertado minha curiosidade. Basicamente, o herói tem seus poderes roubados e volta a ser um mero mortal. O legal é ver ele voltando a sentir, dor, medo, prazer... coisas que ele não podia sentir com os poderes. Tá valendo a pena até agora.
Bem Pessoal! É isso por essa semana, espero que seja um material útil na hora de você adquirir seus quadrinhos. Até a próxima.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Little conversation...



"Good evening, world.

I thought it time we had a little talk.

Are you sitting comfortably?

Then I’ll begin…

I suppose you’re wondering why I’ve called you here today.

Well, you see, I’m not entirely satisfied with your performance lately…

I’m afraid we’ve been thinking about letting you go.

Oh, I know, I know. You’ve been with the company a long time now. Almost… let me see. Almost ten thousand years! My word, doesn’t time fly? It seems like only yesterday…

I remember the day you commenced your employment, swinging down from the trees, fresh-faced and nervous, a bone clasped in your bristling fist…

‘Where do I start, sir?’ You asked, plaintively.

I recall my exact words: ‘There’s a pile of dinosaur eggs over there, youngster’ I said, smiling paternally the while. ‘Get sucking.’

Well, we’ve certainly come a long way since then, haven’t we? And yes, yes, you’re right, in all that time you haven’t missed a day.

Well done, thou good and faithful servant. Also, please don’t think I’ve forgotten about your outstanding service record, or about all of the invaluable contributions that you’ve made to the company…

Fire, the wheel, agriculture… It’s an impressive list, old-timer. A jolly impressive list. Don’t get me wrong.

But… well, to be frank, we’ve had our problems, too. There’s no getting away from it. Do you know what I think a lot of stems from? I’ll tell you…

It’s your basic unwillingness to get on within the company. You don’t seem to want to face um to any real responsibility, or to be your own boss. Lord knows, you’ve been given plenty of opportunities…

We’ve offered you promotion time and time again, and each time you’ve turned us down. ‘I couldn’t handle the work!’ You wheedled. ‘I know my place.’

You see, you’ve been standing still for far too long, and it’s starting to show in your work…

And I might add, in your general standard of behavior. The constant bickering on the factory floor has not escaped my attention nor the recent bouts of rowdiness in the staff canteen.

Then of course there’s… Hmm. Well, I didn’t really want to have to bring this up, but…

Well, you see, I’ve been heading some disturbing rumors about your personal life.

No, never mind who told me. No names, no pack drill…

I understand that you are unable to get on with your spouse. I hear that you argue. I am told that you shout. Violence has been mentioned.

I am reliably informed that you always hurt the one you love… The one you shouldn’t hurt at all.

And what about the children? It’s always the children who suffer, as you’re well aware. Poor little mites. What are they to make of it? What are they to make of your bullying, your despair, your cowardice and all your fondly nurtured bigotries?

Really, it’s not good enough, is it?

And it’s no good blaming the drop in work standards upon bad management, either though, to be sure, the management is very bad. In fact, let us not mince words… The management is terrible!

We’ve had a string of embezzlers, frauds, liars and lunatics making a string of catastrophic decisions. This is plain fact.

But who elected them?

It was you!

You who appointed these people! You who gave them the power to make your decisions for you!

While I’ll admit that anyone can make a mistake once, to go on making the same lethal errors century after century seems to me nothing short of deliberate.

You have encouraged these malicious incompetents, who have made your working life a shambles. You have accepted without question their senseless orders!

You have allowed them to fill your workspace with dangerous and unproven machines.
All you had to say was ‘NO!’

You have no spine.

You have no pride.

You are no longer an asset to the company.

I will, however, be generous.

You will be granted two years to show me some improvement in your work. If at the end of that time you are still unwilling to make a go of it…

You’re fired.

That will be all.

You may return to your labors."

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=


"Boa tarde, mundo.

Eu acredito que seja hora de termos uma pequena conversa.

Você está sentado de maneira confortável?

Então vamos começar...

Eu imagino que você está se perguntando porque eu te chamei aqui hoje.

Veja bem, eu não estou totalmente satisfeito com sua performance recentemente...

Infelizmente estamos pensando em deixá-lo partir.

Oh, Eu sei, eu sei. Você está conosco a muito tempo. Quase... deixe me ver. Quase 10 mil anos! Minha nossa, como o tempo voa, não é? Parece que foi ontem...

Eu me lembro do dia que você começou o trabalho, descendo das árvores com cara assustado e nervoso, com os nós dos dedos brancos e punho apertado...

‘Onde eu começo, senhor?’ Você me perguntou, melancolicamente.

Eu me lembro de minhas exatas palavras; ‘Lá você vai encontrar uma pilha de ovos de dinossauro, meu jovem’ Eu disse sorrindo de maneira paternal – ‘sugue-os.’

Bem, nós certamente tivemos uma longa estrada desde então, não é? E sim, sim, você está certo, em todo esse tempo você nunca faltou.

Muito bem, bom e fiel funcionário. E, por favor não ache que eu esqueci todo a sua impressionante ficha de trabalho, ou sobre as inestimáveis contribuições que você fez pela companhia...

Fogo, a roda, agricultura... É uma lista impressionante, meu velho. Uma bela impressionante lista. Não me entenda mal.

Mas... bem, pra ser franco, nós temos nossos problemas também. Não tem como não reconhece-los. Você sabe do que eu estou falando? Eu vou te dizer...

É a sua básica indisposição de se comprometer com a companhia. Você parece não querer nenhuma responsabilidade real, ou ser seu próprio chefe. O senhor sabe que foram dadas diversas oportunidades...

Nós te oferecemos promoção repetidas vezes e cada uma delas você nos desapontou. ‘Eu não consegui administrar o trabalho!’ Você resmungou. ‘Eu sei qual é o meu lugar.”

Entenda, você tem estado parado por muito tempo, e isso tem começado a aparecer em seu trabalho...

E eu ainda preciso acrescentar seu comportamento de maneira geral. As constantes discussões dentro da fábrica não escaparam de minha atenção bem como os recentes rompantes de agressividade com os funcionários da cantina.

E é claro, também tem... Hmm. Bem, eu não realmente não queria trazer isso a tona, mas...

Bem, você sabe, eu tenho escutado alguns boatos perturbadores sobre sua vida pessoal.

Não, nem tente imaginar quem me contou. Sem nomes, sem represálias...

Eu sei que você tem sido incapaz de se entender com sua esposa. Eu escutei que vocês brigam. Escutei que você grita. E agressões foram mencionadas.

Fontes de confiança me informaram que você sempre machuca aqueles que você ama... Aqueles que você não deveria machucar nunca.

E sobre as crianças? São sempre elas que sofrem, como você já sabe. Pobre pequeninos. O que eles pode fazer? O que eles podem fazer sobre seus abusos, seu desespero, sua covardice e todo o seu profundo fanatismo?

Sério, não é bom o bastante, não é?

E não adianta jogar a culpa no trabalho extra sob uma mal administração. Mesmo que, pra ser claro, esta mesma administração tem sido muito ruim. De fato, não vamos jogar panos quentes... A administração tem sido terrível!

Nós temos uma grande gama de malversadores, fraudadores, mentirosos e lunáticos fazendo uma enormidade de decisões catastróficas. Isso é fato.

Mas quem elegeu eles?

Foi você!

Você apontou essas pessoas! Você deu à eles poder para tomarem as decisões por você!

E mesmo que eu tenha que admitir que qualquer um pode cometer um erro, mas continuar repetindo o mesmo erro mortal século atrás de século me parece que é algo nada mais que deliberado.

Você encorajou estes incompetentes maliciosos, que transformaram sua vida de trabalho em um açougue. Você aceitou sem questionar todas essas ordens sem sentido!

Você permitiu que eles enchessem seu espaço de trabalho com suas perigosas e mal testadas máquinas.

E tudo que você tinha que fazer era dizer ‘NÃO!’

Mas você não tem coragem.

Você não tem orgulho.

Você não é mais um acréscimo para a companhia.

No entanto, eu serei generoso.

Vou te garantir dois anos para que você mostre alguma melhora em seu trabalho. Se no final desse tempo você continuar incapaz de faze-lo funcionar...

Você estará despedido.

Isso é tudo.

Você pode voltar para a sua mesa."



V for Vendetta - Alan Moore


Seems to be the right time, right? /


Me parece que esta é a hora certa, não é?
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

sexta-feira, 18 de março de 2011

Disciplina


Por que as vezes é tão complicado termos disciplina?

Quer dizer, isso muda de pessoa pra pessoa ou de coisa pra coisa, mas no geral é sempre meio difícil pra gente 'se obrigar' a fazer alguma coisa, mesmo que esta coisa seja claramente melhor para nós.

Eu tive diversos ciclos na minha vida em relação a minha rotina alimentar e ao meu controle de peso. Tive fases de deixar rolar. Tocar o f***-se mesmo e comer o que dava na minha telha. Dai, de repente alguma coisa estala dentro dessa mesma telha e eu decido que não dá pra continuar engordando. Então mudo completamente a minha vida e emagreço. Estou novamente nesse processo e perdi mais de 10 quilos em 3 meses. E dessa vez eu acredito que é pra valer!

Como eu consegui isso?

Não, não tomei remédios, não fiz dietas milagrosas ou programas de exercícios fantásticos que são vendidos diáriamente pela televisão...

Eu simplesmente usei disciplina!

Fazendo o que é certo 100% do tempo sem aliviar e com poucos escorregões durante todo o processo. Botei em prática coisas que eu sempre soube que eram o certo mas geralmente deixava pra lá na hora de me empanturrar a noite antes de dormir por exemplo.

A verdade é que, na maioria das vezes, a gente sabe o que é certo só não faz por preguiça ou desleixo.

"Faça o que é certo e não o que é fácil"

Essa é uma frase que vem mudando minha vida aos poucos. Eu ainda não consigo fazer isso 100% do tempo em todos os setores da minha vida, mas estou trabalhando pra isso!

E você quer saber do que mais?

Fazer o certo é mais fácil do que fazer o que é fácil!

Confuso isso, né?

Na verdade basta olhar o quadro geral e não na satisfação momentânea. Quando decidimos fazer primeiro o que é fácil, geralmente estamos, ou protelando algo que vai ter que ser feito inevitávelmente, ou negligenciando algo que vai dar problema mais tarde. A partir do momento que você decide fazer o que é certo logo de cara, você ganha tempo à longo prazo e, além disso, é algo extremamente gratificante.

Acredite. Eu estou fazendo isso a bastante tempo pra saber.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Something is missing...


Sério... Isso acontece com vocês também?

Tipo, eu tenho fases muito ruins. As vezes elas são tão ruins que nem desenhar eu consigo - E acredite; pra mim isso é um 'really freakin deal' - Tudo fica difícil pra cacete, as idéias aparecem quebradas e incompletas, a mão não responde direito aos comandos e os traços não saem no lugar certo.

Eu tenho isso pelo menos uma vez por ano. As vezes eu sinto mais, quando estou querendo produzir mais, mas o cérebro não responde aos comandos e tudo fica ruim, ou as vezes eu não consigo nem colocar no papel / monitor.

Tem horas que eu acho que é tudo uma mistura de preguiça com falta de motivação... E pra quem me conhece, motivação - mais precisamente a falta dela - também é um grande problema.

Já em outros momentos me sinto como se fosse uma pausa necessária. Como um esvaziamento de memória para retornar melhor depois. As vezes é isso mesmo que acontece e acaba sendo uma pausa positiva.

O foda é que, nesse momento exato, eu acho que a falta de criatividade dessa temporada tá se estendendo por demais. Eu fico forçando pra ver se sai algo e quando sai, é abaixo das espectativas e isso é bastante frustrante.

Bem acho que é isso...

Já enchi os ouvidos de vocês meus 'não mais que seis leitores' sobre o assunto.

Quem sabe agora que eu botei minha frustração pra fora as coisas não começam a melhorar! =)

terça-feira, 8 de março de 2011

Life is Funny...


Sério, pro melhor e pro pior, a vida é engraçada...

Nos sempre estamos pensando em algo que queríamos ter, ou em coisas que perdemos e muitas vezes não valorizamos o que temos no momento. Mas se essa 'coisa' for retirada da sua vida imediatamente você vai sentir falta.

Definitivamente esse post é uma viagem... Uma mistura de 'estar sentindo algo e não saber dizer o que é' com 'Esse blog tá abandonado demais e eu preciso cuidar do que é meu'.

De verdade, eu nem sei quem é que vem aqui. E se vinha, provavelmente parou de esperar eu escrever algo já a muito tempo.

Mas a verdade é que eu ainda estou por aqui. E como eu disse para uns amigos meus recentemente, eu ando um tanto quanto nostálgico e, sinceramente, nostalgia tem tudo a ver com blog.

E em blogs que falamos da nossa vida, de coisas que queremos, de coisas que tínhamos e sentimos falta, falamos de nossas memórias... E quando falamos de memórias falamos de passados e quando falamos de passados falamos de nostalgia...

Hoje, do que eu mais sinto falta é da minha velha vida. Da vida da Central City, com os moleques por perto pra falar besteira 100% do tempo. Com o Yuri pra me fazer rir enquanto 'guarda carro' pra levantar uma grana e comprar Coca-Cola na loja.

Do abelha pra ler minhas revistas sem pagar e depois ainda ter que ouvir ele se vangloriar disso, do Clayr que era meu fiel escudeiro e passava mais tempo na loja do que eu mesmo... Dos desastres constates que o Rafael causava quando estava por perto. Das teorias do Eduardo sobre os milhões de sistemas de RPG que ele conhecia ou do Fred que sempre aparecia com o Bardo.

Estes entres outros tantos fazia parte da minha rotina há exatos 10 anos atrás... Hoje, o Yuri é advogado... Se eu gritar 'RIPA DA MINHA LOJA, MULEKE' pra ele hoje é capaz dele botar um processo nas minhas costas...

Amigos verdadeiros são uma coisa foda... Tipo, são tão bons que quando você se vê afastado deles parece que tiraram um pedaço de você...

Talvez até tirem mesmo... Afinal, sempre fica um pouco de nos com eles e eles sempre deixam algo com a gente.

E cara, eu tenho grandes amigos pra cacete... No Rio, a galera Rock n Roll de Brasília, os moleques da Central, até mesmo alguns da época de infância...

Só que a grande maioria deles ficou lá trás... Lá no meu passado... Hoje, mesmo que o carinho por cada um deles seja eterno, todos são diferentes do que eram na época, eu mesmo mudei pra caramba...

Dai tem dias como hoje... Que bate essa nostalgia que começa lá no Fabiano do Rio de Janeiro até Thiago do SENAI e acredite, tem gente pra cacete entre um e outro!

Provavelmente, você que está lendo isso, tá em algum lugar nessa lista! =)

Saudades de todos.